No dia 26 de Março, no âmbito da disciplina de Geografia, as turmas 10º G, 10º H e 10º I participaram numa visita de estudo que lhes deu a conhecer um pouco mais sobre os recursos hídricos e marítimos.
Tendo como objectivos o reconhecimento de que, as actividades humanas interferem na quantidade e qualidade das águas, o equacionar dos riscos na gestão dos recursos hídricos, o reconhecimento da necessidade do controlo da quantidade e qualidade da água, a compreensão da acção erosiva do mar sobre a linha da costa, a compreensão que a existência da actividade piscatória induz o desenvolvimento de outras actividades e a clarificação da importância do ordenamento das orlas costeiras, esta visita decorreu sob a responsabilidade dos docentes Eduardo Anjos e Fernanda Barbosa, ambos professores de Geografia.
O percurso da visita teve início no Parque Biológico em Vila Nova de Gaia, o primeiro centro permanente de Educação Ambiental do país, onde vivem em estado selvagem centenas de espécies de animais e plantas. Aí conhecemos o guia que nos acompanhou na nossa visita. Através do autocarro visualizamos o Rio Douro, a Ribeira de Gaia, onde podemos observar uma erosão dos montes e terras que a água atravessa, e estas arrastam aluviões que se vão depositando ao longo da costa, ajudando a formar as praias arenosas.
Posteriormente, contemplamos a Afurada e o Estuário do Rio Douro, rico em peixe, desde Sável, Lampreia à Enguia, e também em bivalves, como o Berbigão. É aí que muitos peixes desovam e se desenvolvem nas primeiras fases de vida, antes de se aventurarem nas águas mais profundas e agitadas do oceano.
Uma formação típica dos estuários são os sapais, associações vegetais de quenopodiáceas, juncos e outras espécies, no estuário do Douro apenas resta uma pequena amostra de sapal, em recuperação natural, na Baía de S. Paio, pois tudo o mais foi destruído. É nestas zonas, ricas em nutrientes transportados pelos rios, que se reproduzem muitas espécies de peixes e outros seres vivos aquáticos, estes por sua vez servem de alimentação a aves durante as suas migrações. Ainda, durante a visita podemos observar cerca de seis Garças-reais, aves cinzentas, que têm um bico comprido, as patas altas e fininhas, para poderem pescar o peixe.
Observamos também uma grande formação dunar que separa o estuário do rio Douro do oceano, e que se formou como resultado da acumulação de areias, umas trazidas pelo rio outras pelas correntes marinhas, o Cabedelo do rio Douro. Podemos visualizar a existência de passadiços elevados para que as pessoas pudessem andar sobre as dunas, não pisando nem destruindo a vegetação.
O guia indicou-nos que nas dunas existiam plantas infestantes, como a erva das pampas (da Argentina), e também os chorões uma planta com uma rama carnuda, retêm os taludes.Referiu também que devido ao avanço do mar, foi necessário a cidade de espinho ser protegida de esporões. Posteriormente, entrámos numa zona de litoral arenoso, apesar de se verificarem alguns afloramentos graníticos, como o caso da praia de Lavadores (formada já à cerca de 90 milhões de anos), pudemos verificar a situação problemática aí existente, nomeadamente a construção de edifícios, bares e casas clandestinas no cordão dunar, mais precisamente na duna primária, que em caso de proximidade do mar pode levar à destruição dos mesmos.Para evitar tal situação o estorno, uma planta dunar muito importante para reter a areia, faz o efeito natural da paliçada, o que faz com que a areia embata nele e perca velocidade, ajudando, assim, a conservação das dunas.
Muitas ribeiras e rios, ao chegarem às dunas, formam lagunas, lagoas. O principal problema é o facto de estas estarem a desaparecer, porque foram entulhadas, ou foram feitas construções, no entanto estas acabam por ser abandonadas devido à humidade nelas existente. A Poça da Ladra é um exemplo disso.
Em seguida, partimos em direcção ao Parque de Dunas da Aguda, onde encontrámos uma exposição sobre dunas e flora dunar, que aí se encontram melhor preservadas, devido à proteção dos sistemas dunares.
O próximo destino foi a Barrinha de Esmoriz, uma importante zona húmida do litoral entre a Ria de Aveiro e o rio Douro, que apresenta uma interessante diversidade de habitats característicos de zonas dunares e zonas húmidas, aves de interesse ecológico (como os Rouxinóis-dos-caniços e a Galinha-d'água), e uma riquíssima variedade de fauna e flora (como os caniçais).Admirámos as dunas de Ovar, onde nos foi informado que estas tiveram como objectivo proteger a agricultura da invasão das areias, e que por isso nelas se construíram paliçadas e sementeira e se plantaram Estorno e outras plantas dunares. Só depois de fixada a duna é que se procedeu à plantação de Pinheiros-bravos e outras espécies.
O nosso último destino foi a reserva natural das dunas de S Jacinto, situada no extremo da península que se estende entre Ovar e a povoação de S Jacinto. Seguiu-se um momento mais informal, retemperando forças, servindo este como um momento de alguma descontracção, onde foi possível a partilha de ideias e de amizades, com os colegas da outra turma que nos acompanhou nesta visita. Entre dois dedos de conversa, foi possível a partilha de alguns aperitivos, enquanto as nossas conversas iam derivando para relatos sobre alguns locais da visita, fazendo uma espécie de rescaldo, ou resumo, até, de alguns aspectos mais relevantes e que entretanto nos ficaram na retina, sobre alguns dos monumentos que tínhamos acabado de visitar.
Após um dia repleto de novas experiências, regressámos a Vila Verde, com conhecimentos mais amplos nesta área.
Escrito por Inês Cruz nº 10 10º H, para o Jornal da Escola | |
28 de Maio de 2010 |
No dia 23 de Maio a nossa escola participou na Caminhada ao Monte do Castelo e a equipa do Programa Eco-Escolas fez-se representar em prol da protecção ambiental, da bio e geodiversidade deste ecossistema.
Um grupo de alunas do 12º C, cujo projecto de Área de Projecto é "Auditoria Ambiental" realizaram uma reunião no dia 19 de Maio de 2010 com objectivo de sensibilizarem os funcionários não docentes para o Programa Eco-Escolas.
Iniciaram a reunião por esclarecerem o que é uma auditoria ambiental e o que significa monitorizar. De seguida apresentaram os resultados da auditorial ambiental que fizeram no inicio do ano lectivo e os resultados relativamente à monitorização que têm feito ao longo do ano relativamente ao consumo de energia, de água e relativamente ao número de fotocópias. Também apresentaram os dados recolhidos relativos à separação de resíduos.
Da análise verificou-se que que no que concerne aos gastos energéticos houve uma melhoria relativamente ao ano transacto, no entanto em termos de custos não se verifica uma melhoria o que nos remete para que há necessidade de verificar as horas em que mais se paga e diminuir o consumo nessas horas. No que concerne ao consumo de água veruificou-se um aumento o que não se compreende, não se conhecendo a sua causa. Quanto aos resíduos constataram as alunas que ainda há muito a melhorar relativamente à separação correcta dos mesmos.
No dia 19 de Maio de 2010 realizou-se mais uma reunião do Conselho -Eco-Escola, presidida pela coordenadora, professora Marilena Seixas. Visava esta reunião dar a conhecer a este conselho o trabalho desenvolvido, bem como aquelas actividades do Palno de Acção que ainda faltava concluir. Dado que mais de 2/3 do Plano de Acção foi cumprido, este conselho concorddou que se deve proceder à candidatura ao Galardão Bandeira Verde Eco-Escola.
No dia 19 de Maio do corrente ano, comemorámos o Dia Internacional da Biodiversidade, através da participação na palestra proferida pelo Prof. Dr Jorge Paiva. A "Relevância da Biodiversidade" foi a temática desta palestra onde estiveram presentes as turmas do 11º A, 11ºD e uma turma do 9ºano, assim como vários professores e mesmo entidades exteriores à comunidade escolar.
Foi um evento muito interessante, como era de esperar, sendo o Professor Jorge Paiva, cientista de renome quem motivou todo o público. Este foi mais um contributo para a preservação da Biodiversidade, olhando os outros seres vivos com respeito, pois sem eles não é possível o Homem viver.
Fica aqui, mais uma vez, o agradecimento ao Professor, que muito tem contribuído para que os nossos jovens vejam os seres vivos com outros olhos, os respeitem e os preservem.
No passado dia 22 de Abril, o Dia da Terra foi comemorado de uma forma diferente na Escola Secundária de Vila Verde.
A turma D do 11º ano, através de alguns grupos de alunos, apresentaram os seus trabalhos, desenvolvidos na disciplina de Inglês, leccionada pela professora Maria José Barbosa. As temáticas desses trabalhos inseriam-se na protecção ambiental. As apresentações, que decorreram no auditório da nossa escola, foram em inglês e despertaram a atenção e o interesse do público-alvo, alunos dos 11º e 12º anos, pela sua actualidade e pela riqueza do material exibido. Os alunos tiveram uma apresentação muito boa, tendo conseguido transmitir a mensagem que pretendiam, mesmo através de uma língua diferente daquela do seu dia-a-dia. Desta forma, contribuiram para despertar a consciência ecológica, sensibilizando para a protecção ambiental e para a sustentabilidade.
Ainda na nossa escola, mas na biblioteca, algumas turmas tiveram oportunidade de lerem textos sobre autores portugueses, como Miguel Torga, cuja temática era o planeta Terra. Por sugestão de algumas professoras, entre elas a professora Isabel Pinheiro e a professora Margarida, esses alunos, ainda, completaram poemas, sobre o mesmo tema.
Alguns cartazes foram afixados na escola, mais uma vez para sensibilizar para as boas práticas ambientais, sendo um contributo para manter a chama dos eco-alunos.
No passado dia 5 de Maio, a Associação Portuguesa para a Defesa dos Consumidores (DECO), através de uma Engenheira do Ambiente, fez uma palestra para sensibilização sobre a eficiência energética.
Estiveram presentes as turmas de Área de Projecto do 12º ano turma C, turma D e turma A.
Iniciou-se esta sessão de sensibilização pelo visionamento de um filme. Após esta apresentação os alunos foram inquiridos sobre a mensagem veículada pelo mesmo.
Este evento foi mais uma oportunidade de reflectirmos todos sobre o futuro que queremos, que herança devemos deixar para as gerações futuras. Deixando de lado este aspecto antropogénico, devemos preservar o planeta com os seus recursos para bem da vida e não apenas do próprio Homem.